Crash é um livro que divide opiniões desde o seu lançamento em 1973. A obra de J.G Ballard é uma reflexão sobre a intensidade da excitação e como ela pode levar a caminhos perigosos e obscuros.

O livro conta a história de James Ballard, um homem que se envolve em um acidente de carro que o deixou obcecado em reviver a sensação extrema de prazer que sentiu no momento do choque. A partir dessa premissa, Crash explora as diversas formas que o prazer pode tomar, indo além do convencional e adentrando em territórios tabus e controversos.

Um dos pontos mais marcantes do livro é a forma como J.G Ballard explora a relação entre a tecnologia e o prazer. Os personagens do livro encontram excitação no som dos vidros quebrando, nos carros batendo e nas batidas do coração acelerado. A partir desses estímulos, Ballard cria cenas eróticas que desafiam as normas sociais e exploram os limites do desejo humano.

Outro tema que é abordado em Crash é a relação entre violência e prazer. Os personagens do livro encontram excitação na dor física, na violência e na morte. Ballard mostra que, quando explorado de forma consciente e consensual, o prazer pode ser encontrado em lugares que parecem inimagináveis.

O livro ainda explora a relação entre os personagens, que são movidos pela obsessão e pelo desejo de encontrarem prazer juntos. As cenas de Crash são intensas e controversas, mas ao mesmo tempo, fascinantes e instigantes.

Em resumo, Crash é uma obra que pode chocar alguns leitores, mas que certamente não deixa ninguém indiferente. J.G Ballard explora o universo dos prazeres estranhos de forma corajosa e provocante, desafiando as normas sociais e revelando a diversidade e a complexidade do desejo humano. Ao ler Crash, o leitor é convidado a se aventurar em um mundo que mistura erotismo, tecnologia, dor e morte, descobrindo que o prazer pode ser encontrado em lugares inesperados e surpreendentes.